A multidão aplaudiu e, Larissa, soube que o seu
futuro era no palco. O calor da multidão, os aplausos, as luzes, a emoção… Era
esta força que a fazia vibrar e querer mais, muito mais. Não basta fazer a “cover”
de uma cantora com que o público a achava parecida. O palco era o seu mundo, mas não a imitar uma cantora. Teria de
ser “a cantora”. Só assim faria sentido, algo menos não iria de acordo com os seus
princípios. Ou era cantora, ou não era. Para ela, a mulher furacão, nunca existiu
meio termo.
Nasceu genuína. Nasceu transparente. Nasceu decidida…
Digamos, para muitos, casmurra. Não foi fácil ser criança com a noção do que se
quer. Não foi fácil acatar ordens. Não foi fácil aceitar as decisões dos outros.
Não foi fácil fincar o pé quando não se tem o poder de decisão… Larisa, sempre
travou uma batalha entre a sua personalidade e as regras da sociedade. Nunca
aceitou ir contra os seus ideais, para ser aceite. Nunca aceitou usar máscaras
e cair no erro de quem as usa e esquece de quem realmente é.
Nem por amor, Larissa, prescindiu de ser quem era.
Amou loucamente, entregou-se completamente. Nunca soube fazer nada pela metade.
Por amor, tentou tudo. Por amor, cedeu muito. Porém, sacrificou esse amor pela
sua personalidade. Era impossível mudar para agradar. O sacrifício que esse amor
pediu era grande demais: deixar de ser quem era. Com o coração em cacos,
Larissa, virou as costas e seguiu em frente.
E caminhou… Caminhou em direção ao seu sonho.
Caminhou em direção à sua genuinidade, com a dança no pé e a música no coração.
Quando teve que parar, parou. Quando teve que voltar atrás, voltou. Quando teve
que alterar o caminho, alterou. Quanto teve que descansar, descansou. E passo a
passo, segue o seu caminho.
Para trás, ficou a família. As saudades sufocam
e machucam. O coração apertado torna o caminho mais difícil. Mas nada que é conseguido
sem sacrifício, vale a pena. A saudade que a sufoca é o motor que a faz mover. Seguir
em frente, com o coração nas mãos e com medo do que se pode perder não é seguir
em frente, é ficar no limbo, é balançar no meio termo. Larissa, não nasceu para
ser uma pessoa de meio termo. O palco é o
seu futuro. Com a força de um furacão, avança. O seu lema sempre foi ou oito ou
oitenta, e para a mulher furacão, o oito não contenta.
A artista, Larissa Andjara, está disponível para contacto:
instagram: @larissaandjara
facebook: https://www.facebook.com/Larissaandjaraoficial
Texto: Adelaide Miranda, Outubro 2017
A artista, Larissa Andjara, está disponível para contacto:
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