A Alma Por Trás de... Diego Faria
Diego encostou-se
à árvore e limpou o suor da testa. O dia já ia a meio e o cansaço já se fazia
sentir. O pai, ao longe, continuava a trabalhar na roça. Era impressionante
como nunca mostrava sinal de cansaço. Dizia que só se parava quando o trabalho
terminasse ou o sol se pusesse, e como o trabalho nunca acabava, o pai
trabalhava de sol a sol.
Abriu o farnel,
cuidadosamente preparado pela mãe, e deleitou-se com as iguarias. Satisfeito,
fechou os olhos e adormeceu...
O barulho da
multidão e as luzes do palco fizeram-lhe sentir um nó no estômago. Respirou
fundo, contou até dez, e subiu ao palco. O público chamava o seu nome e banda
tocava uma melodia impossível de não acompanhar. Sorriu, pegou no microfone e
começou a cantar. A meio da música,
pegou no violão e acompanhou a banda. A multidão batia palmas e acompanhava o
compasso... Música a música, Diego, animou a multidão e deu um enorme
espetáculo. O nervoso miudinho que sentiu no início tinha-se dissipado com o calor da multidão.
Acordou, com os
safanões do pai, e demorou uns segundos a perceber onde estava. Enquanto
deixavam a roça e dirigiam-se para casa contou o sonho ao pai. Disse-lhe que
tinha a certeza que um dia iria ser cantor. O pai, com um ar preocupado,
perguntou como ficaria a roça. Se ele se fosse embora quem o iria ajudar? A
pergunta ficou no ar, sem resposta...
Nessa noite, na
hora da oração o pedido do Diego foi ligeiramente diferente dos pedidos anteriores.
Nessa noite, para além de pedir por saúde, paz e bem estar para a família,
Diego pediu forças para seguir o seu sonho custe o que custasse. E assim foi
dali em diante... O pedido sempre o mesmo e a vontade de concretizar o seu
sonho cada vez maior.
Diego esperou que
os pais fossem dormir e saiu na calada da noite. Para trás, ficou uma vida
familiar da qual sempre se orgulhou... Para trás, ficou conforto e um lar...
Mas tinha noção que o seu futuro não era ali. O palco que pisou, pela primeira
vez em sonhos, não se encontrava ali... Com muito medo e dor no coração, seguiu
para São Paulo. Algures na cidade grande, a terceira maior do mundo, o seu
sonho iria nascer. Tinha a certeza disso. O que mais lhe custou foi deixar a
mãe. A mãe guerreira que sempre lutou para lhe dar educação, que sempre lutou
para que nunca lhe faltasse nada, que sempre o encheu de amor... Mas a vida
segue em frente... E assim foi...
No principio, a
cidade grande, era estranha. Por vezes, faltou-lhe o que comer. Por vezes,
entrou em desespero mas, mesmo assim, tinha vergonha de pedir dinheiro aos
pais. Era difícil, para alguém que nunca passou por dificuldades na vida, de repente,
passar fome porque decidiu seguir o seu sonho... Bastava pegar na mala e voltar
para casa. A mãe e o pai o esperavam de braços abertos...
Não! Não podia abandonar o seu sonho. Aprendeu com os seus próprios pais que na vida nada se consegue sem esforço. Eles ,também, há muitos anos, tinham largado tudo para ir para cidade arranjar condições para voltarem para a roça. Eles, também, lutaram pelos seus sonhos e nunca desistiram. Com eles, aprendeu a lutar. Para além do mais, não estava sozinho. Deus o acompanhava passo a passo. No coração trazia a sua família... E esse amor e essa mesma força que o puxava de voltava para o seio familiar era exatamente a mesma força que o fazia continuar. Por eles, ele tinha que chegar lá.
Não! Não podia abandonar o seu sonho. Aprendeu com os seus próprios pais que na vida nada se consegue sem esforço. Eles ,também, há muitos anos, tinham largado tudo para ir para cidade arranjar condições para voltarem para a roça. Eles, também, lutaram pelos seus sonhos e nunca desistiram. Com eles, aprendeu a lutar. Para além do mais, não estava sozinho. Deus o acompanhava passo a passo. No coração trazia a sua família... E esse amor e essa mesma força que o puxava de voltava para o seio familiar era exatamente a mesma força que o fazia continuar. Por eles, ele tinha que chegar lá.
Desorientado,
demorou um pouco a perceber em que cidade estava. Foi até a janela e reconheceu
Boston. Tinha de se preparar para o concerto que iria dar no final da tarde.
Ensaiou com a banda e retirou-se antes do espetáculo começar. Ligou para a mãe
e disse que a amava muito e que estava a morrer de saudades... A mãe perguntou
quando voltava para casa... A pergunta, não ficou sem resposta: Já corri meio
mundo, minha mãe. Hoje, posso dizer que sou o cantor que sempre sonhei. Em
breve, minha mãe. Em breve, quando tudo se estabilizar, estarei pronto para
voltar para os teus braços. O meu sonho já não é mais um sonho, minha mãe. É esta
a minha realidade!
Texto|: Adelaide Miranda, Novembro 2017
O cantor pode ser contactado para entrevistas e actuações:
E-mail: geral.wmm@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/diegofariaoficial/
Texto|: Adelaide Miranda, Novembro 2017
O cantor pode ser contactado para entrevistas e actuações:
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Facebook: https://m.facebook.com/diegofariaoficial
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